Um breve estudo de caso com Lívia Torquetti 😊
¨ Imagine que Paula seja uma consultora que atue com programas para times de vendas, gestão de resultados, estratégias de relacionamento com clientes e liderança. Ela oferece programas de treinamento e desenvolvimento para aprimorar habilidades de comunicação, negociação, persuasão, tomada de decisão, gestão de equipe, entre outras. E faz orientação, aconselhamento a diversos profissionais auxiliando na implementação de mudanças.
Ela tem um dia a dia atribulado e se divide entre workshops e tarefas operacionais para organizar a logística dos programas.
Paula tem Tendências Perfeccionistas: é intolerante a erros, muitas vezes insiste em revisões e ajustes desnecessários.
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Além de estar à frente dos programas, ela é a pessoa que grava uma série de vídeos e conteúdo para as redes sociais.
Paula não tem conseguido gravar muitos vídeos pois eles demandam tempo para coletar depoimentos de clientes, organizar tendências de mercado, preparar dicas de livros, informar sobre os novos programas, entre outros.
Ao perceber o crescimento das demandas, o aumento na sobrecarga de trabalho e a sua impotência em atuar em todas as frentes, Paula decidiu buscar três novas consultoras para se associarem a sua empresa.
Embora ela não possa mais gravar todos os vídeos, ela insiste em continuar dizendo as novas consultoras como fazer, o que dizer, qual livro ler e como preparar dicas, onde gravar, qual roupa usar… afinal esta é uma atividade que ela gosta e estudou para se aprimorar nos últimos anos.
Ao entrar na sala de aula, para ministrar os cursos, as novas consultoras ficam sob o microgerenciamento de Paula e muitas vezes se sentem desmoralizadas e sem poder, pois suas contribuições são constantemente examinadas e subvalorizadas.
A supervisão constante e a falta de autonomia inibem a criatividade e a inovação, e agora uma das consultoras já se sente relutante em assumir riscos ou sugerir novas ideias:
Consultora: “Paula, preparei esta postagem para as redes sociais, mas não sei se ficou tão boa. Estou em dúvida se encontrei palavras atraentes para a abertura do vídeo…”
Paula: “Obrigada! Pode deixar, eu mesma faço o vídeo depois¨.
O problema é que o microgerenciamento e a pouca delegação atrasam tudo. Paula vive cansada com tantas decisões operacionais que ainda dependem dela.
Paula… pense melhor… será que delegar não seria uma forma de deixar as pessoas cumprirem a missão que foi confiada a elas? Confia. A longo prazo elas vão ganhar mais maturidade e desenvoltura.
Delegar é aprender a crescer.
No caso de Paula a delegação pode estar relacionada a insegurança de que as coisas não serão feitas como antes.
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Vamos imaginar que Paula tenha participado de um workshop sobre estratégias de delegação.
Vejamos se esta nova forma de pensar pode ajudá-la:
Consultora: “Paula, preparei esta postagem para as redes sociais, mas não sei se ficou tão boa. Estou em dúvida se encontrei palavras atraentes para a abertura do vídeo…”
Paula: “Ok, do que especificamente você não gostou ou achou insuficiente?”
Consultora: “É um assunto novo e complexo. Ainda não sei como melhorar a explicação”.
Paula: “Ótimo! Analise 5 postagens de concorrentes. Observe seu tempo, conteúdo e design. Faça pequenas anotações comparativas, corrija os resultados e resuma as descobertas. Em seguida, reescreva sua postagem novamente!”
💡 Viu a diferença?
A liderança não está fazendo o trabalho da pessoa, está orientando a equipe para aprender e melhorar. A pessoa fica pronta para fazer isso outras vezes, e o gestor terá tempo e energia para se concentrar em coisas maiores. Ganha-ganha!
Delegar é sobre comunicação, responsabilidade, confiança e auto-organização.
Às vezes as lideranças não passam a responsabilidade porque têm medo das outras pessoas errarem. Mas é assim que todos aprendem e crescem!
E você, quais são os seus maiores desafios de delegação?
Este é um tema que rende boas reflexões 😊.
Até breve! Um abraço.
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