Aline Castro
Cientista, professora e fundadora do projeto educacional “Mais que Rampa”, Aline Castro busca ampliar a discussão sobre diversidade, acessibilidade e inclusão.
Cadeirante desde que nasceu devido a uma doença genética rara, Aline Castro percebeu precocemente a cadeira de rodas como fonte de liberdade. Hoje, ensina que viver é raro e a educação é o caminho para reconhecermos a potência das diferenças.
Com a motivação de usar a sua voz para que outras pessoas pudessem ser ouvidas também, fundou o projeto educacional “Mais que Rampa”, que promove a discussão sobre diversidade, acessibilidade e inclusão em instituições de ensino e empresas de diversos segmentos.
Cientista há cerca de uma década, com graduação em Ciências Biológicas pela PUC-MG e mestrado e doutorado em Farmacologia pela UFMG, atua na linha de pesquisa referente a possíveis tratamentos para a dependência química através de substâncias semelhantes àquelas provenientes da Cannabis.
Convicta de que poderia ocupar o lugar que desejasse, enfrentou inúmeros obstáculos em sua jornada. Não obstante, foi a primeira pessoa com deficiência a conquistar o direito de participar do maior programa governamental de intercâmbio do Brasil, o Ciência Sem Fronteiras.
Em suas palestras e treinamentos, tem como missão “plantar sementinhas da inclusão” e desconstituir a maior barreira de todos os tempos: a social.
Mais que Rampa – uma conversa sobre diversidade, acessibilidade e inclusão
Nesta palestra, Aline começa fomentando a provocação sobre a relação dialética entre diversidade e desigualdade social, relacionando diferentes grupos minorizados.
A palestrante conduz a conversa ocupando o seu lugar de fala, porém salienta que todos podem e devem contribuir com pensamentos e ações para a ampliação do debate sobre acessibilidade, capacitismo, equidade e inclusão. Por último, Aline dá dicas de como uma liderança inclusiva pode ser crucial para o crescimento individual e coletivo.
Raro mesmo é a vida
Aline conta a trajetória de sua vida. Por ter uma doença genética rara que afeta os músculos do corpo em sua totalidade, cresceu ouvindo a história de que não passaria dos três anos de idade.
Já vivenciou dezenas de experiências de “quase morte”, porém, saiu mais forte de cada uma delas. Hoje, com 30 anos, é responsável por conquistas ímpares, tanto individuais, quanto coletivas para o público PCD.
Ativista pela inclusão, Aline mostra que é possível ter independência e autonomia de sua própria vida, e que viver é mesmo raro.
Inclusão digital – tecnologia como ferramenta de desconstrução de barreiras
A tecnologia veio para ficar e a inclusão digital é crucial para uma sociedade equitativa e progressista. Mas será que essa tecnologia é acessível a todos?
Aline mostra a importância das leis de acessibilidade e os benefícios da criação de produtos e serviços digitais acessíveis, que permitam a autonomia de pessoas com deficiência de maneira eficaz e significativa.
A ciência que você faz é acessível para pessoas com deficiência?
Aline é cientista há cerca de uma década. Por ser cadeirante, encontrou muitas barreiras para seguir a carreira dos seus sonhos, entre elas, a falta de acessibilidade e representatividade.
Nesta palestra, a ciência é abordada por duas perspectivas: como uma força positiva na inclusão de pessoas com deficiência enquanto beneficiárias e como carreira para pessoas com deficiência em diferentes campos de pesquisa.
Compreendendo a dependência química
A dependência química é um transtorno neuropsiquiátrico de origem multifatorial que afeta milhares de pessoas em todo o mundo.
Nesta palestra, Aline explora os fatores biológicos, genéticos, psicológicos e ambientais que contribuem para o desenvolvimento deste transtorno. Aborda os impactos da dependência química em várias esferas da vida, desde os efeitos físicos e cognitivos até as repercussões sociais.
Também destaca os avanços científicos focados no tratamento e prevenção e discute estratégias para romper o estigma associado a este transtorno, um dos maiores obstáculos a ser vencido.
