No mundo da transformação digital, a tecnologia é um meio, não o fim. Trata-se de uma transformação principalmente humana.

Nesta palestra, que é a mais requisitada de Iorio, ele aborda as principais competências necessárias para que profissionais e negócios consigam se reinventar e navegar no mar revolto da era digital. São elas: Repercepção, que envolve repensar crenças frente a mudanças tecnológicas e de mercado; o Data Sensemaking, capaz de extrair insights de grandes volumes de dados; a Flexibilidade Cognitiva, que permite combinar conhecimentos de múltiplas áreas e interagir efetivamente com a IA; e a Antifragilidade, habilidade de delegar tarefas automatizáveis à IA para focar em experimentação e aprendizado a partir de erros, multiplicando a produtividade do trabalhador de duas a quatro vezes em média.

Andrea Iorio desafia a visão tradicional do mundo dos negócios sobre erros e fracassos, considerando-os tabus a serem evitados. Contrastando com a perspectiva de cientistas e atletas, que veem falhas como oportunidades de desenvolvimento, Iorio propõe uma cultura organizacional “antifrágil” que valoriza os erros como fontes de aprendizado.

Ele categoriza os erros em evitáveis, inevitáveis e “inteligentes”, e destaca como a Inteligência Artificial pode minimizar os custos dos erros e converter dados destes em insights valiosos. Utilizando a IA para automatizar processos e melhorar eficiências, as organizações podem se permitir explorar novas iniciativas, cometer erros “inteligentes” e, através dessas experiências, aprender e se tornar mais resilientes e adaptáveis.

A palestra começa com uma analogia entre o impacto revolucionário que a eletricidade teve nos negócios e a Inteligência Artificial, uma vez que, assim como aconteceu há muitos anos, a experiência do cliente em qualquer indústria nunca mais será a mesma após sua chegada. Andrea mergulha profundamente nos pilares da Experiência do Cliente e no que a torna excepcional, compartilhando também estatísticas sobre o impacto que ela provoca nos negócios, especialmente nos quesitos retenção e lealdade. Por meio de um modelo matricial desenvolvido pelo Andrea, são categorizadas as oportunidades de maximizar a experiência do cliente em 4 quadrantes, respectivamente: “tell me”, “tell my customer”, “do for me”, “do for my customer”.

O palestrante conclui a apresentação com um tom inspirador e um apelo à ação, para que as pessoas se tornem mais familiarizadas com a Inteligência Artificial e, assim, repensem o que sabem sobre negócios e experiência do consumidor, diante de um novo mundo remodelado por ela.

Neste encontro, Iorio destaca a crescente valorização das soft skills em contraposição às hard skills no mercado de trabalho, evidenciada por uma pesquisa que mostra que 93% dos departamentos de RH priorizam as primeiras devido ao avanço da Inteligência Artificial (IA).

Essa mudança exige o desenvolvimento de novas competências que formem uma Inteligência Híbrida, não substituível pela IA. Entre as habilidades necessárias estão a Repercepção, que envolve repensar crenças frente a mudanças tecnológicas e de mercado; o Sensemaking, capaz de extrair insights de grandes volumes de dados; a Flexibilidade Cognitiva, que permite combinar conhecimentos de múltiplas áreas e interagir efetivamente com a IA; e a Antifragilidade, habilidade de delegar tarefas automatizáveis à IA para focar em experimentação e aprendizado a partir de erros, multiplicando a produtividade do trabalhador de duas a quatro vezes segundo estudos.

Andrea Iorio explora a evolução da liderança diante do avanço da IA, que transforma inteligência e expertise em commodities. O líder algorítmico emerge como um perfil que delega tarefas cognitivas à IA para se concentrar em habilidades humanas essenciais, como criar perguntas estratégicas e interpretar dados.

Esta nova forma de liderança também enfatiza a importância de estabelecermos confiança e fomentarmos autonomia, habilidades críticas num ambiente em que a IA assume funções rotineiras e técnicas, permitindo aos líderes focar em inovação, aprendizado através de erros e gestão emocional e colaborativa. A liderança algorítmica se baseia em 3 novos pilares de competências: Transformação Cognitiva (uma nova forma de pensar do líder da era da IA); Transformação Comportamental (uma nova forma de agir do líder da era da IA); Transformação Emocional (uma nova forma de gerenciar pessoas do líder da era da IA).