Por Yameli Bellini e Rafael Zanelatto, DMT Palestras
Imaginem 15 mil profissionais de RH reunidos no Expo Center Norte, todos com a mesma pergunta martelando na cabeça: “Como diabos eu faço minha empresa abraçar a IA sem perder a humanidade?” Pois foi exatamente isso que rolou no RH Summit 2025, maior evento de RH do Brasil realizado entre 3 e 4 de junho. E olha, como assessores da DMT, que acompanhamos tudo não só da plateia, como também dos bastidores, a gente captou umas coisas que vocês precisam saber.
A grande sacada do evento: IA + empatia não é contradição
Sabe aquela história de que tecnologia desumaniza? Esquece. O RH Summit jogou essa ideia no lixo e mostrou que o futuro está na convergência. Não é IA ou empatia. É IA com empatia. E cara, vimos isso acontecer na prática.
A galera saía das palestras com uma expressão diferente no rosto — não era mais aquele medo de “a máquina vai me substituir”, mas um “poxa, posso usar isso a meu favor”. A mudança de mindset estava rolando ali, ao vivo, em tempo real.
O que nossos palestrantes entregaram (e por que todo mundo estava anotando)
Facundo Guerra abriu o jogo logo de cara
Onde: Arena C-Summit, 09h20 do primeiro dia
A estratégia: “Destruir para construir” — e cara, que abertura! Facundo podia ter caído na armadilha do “empreendedor palestrinha”, mas ele foi cirúrgico. Pegou o conceito de transformar ideias comuns em negócios extraordinários e traduziu isso para a realidade do RH.
A sacada dele foi mostrar que RH também precisa “destruir para construir”: quebrar velhos paradigmas de gestão para criar algo novo. E funcionou. Foi uma abertura que preparou o terreno para tudo que viria depois, plantando a semente do “propósito maior que o business plan” que ecoou em todas as outras palestras.
Mari Galindo detonou os mitos sobre a Gen Z
Onde: Palco PME, 17h40 do primeiro dia
A bomba: “GenZ Work Force” não foi mais uma palestra sobre “jovens preguiçosos”. Mari chegou com dados na mão e mostrou a real: essa galera recebe 50 feedbacks por segundo no Instagram, mas zero feedback no trabalho. Como assim?
O insight que fez todo mundo parar para pensar: a Geração Z não é problemática, ela só opera numa lógica diferente. Eles querem autenticidade, não teatrinho corporativo. Querem propósito, não só salário. E olha, pelo jeito que o pessoal estava anotando, essa mensagem chegou forte.
Renata Rivetti escancarou a mentira da produtividade
Onde: Plenária, 17h40 do primeiro dia
A revelação: A maioria das pessoas trabalha 8 horas, mas produz 3. Doeu, né? Renata foi cirúrgica ao mostrar que vivemos na era da pseudoprodutividade — aquela em que a gente fica ocupado, mas não produtivo.
Ela trouxe um framework prático para sair dessa cilada: foco em resultados, não em horas. E explicou como implementar a “produtividade consciente” sem virar escravo do relógio. A galera saiu de lá questionando a própria rotina.
Lucas Neves provou que transformação digital funciona (com números reais)
Onde: Arena C-Summit, 13h30 do segundo dia
O case que calou a boca dos céticos: Usaflex saiu de 1% para 13% de participação do e-commerce no faturamento total. Não é papo furado, é matemática pura.
Lucas, como CDO da empresa, mostrou o passo a passo da transformação. Não foi mágica, foi estratégia. E o mais importante: explicou como adaptar o modelo para empresas de qualquer tamanho. Porque não adianta case de multinacional se você tem 20 funcionários, né?
Pedro Dória entregou o manual de IA para mortais
Onde: Palco Líderes, 14h40 do segundo dia
A fórmula: “Como implantar a IA na sua empresa em dois meses” não foi clickbait.
Pedro chegou com um framework que qualquer empresa pode aplicar, independente do orçamento. Mostrou ferramentas gratuitas, cases de investimento mínimo e resultados em até 60 dias. A galera saiu de lá com o roteiro na mão. Vimos gente fotografando cada slide.
Estevan Sartorelli lotou a casa com “dengo corporativo”
Onde: Arena C-Summit, 10h40 do segundo dia
A cena: Gente sentada no chão, de pé, grudada no palco. Estevan transformou “Afeto como estratégia” no momento mais disputado do evento.
Ele mostrou como a Dengo Chocolates fez do carinho um diferencial competitivo. Não é mimimi, é resultado no final do mês. Engajamento, retenção de talentos, produtividade — tudo melhorou quando eles colocaram afeto na estratégia. E olha, pelo jeito que o pessoal reagiu, essa mensagem estava fazendo falta.
Os 5 insights que ninguém vai te contar (mas a gente vai)
1. RH está com fome de “como fazer”
Chega de palestra sobre “o futuro do trabalho”. O pessoal quer saber como aplicar hoje. A demanda é por conteúdo acionável, não inspiracional.
1. Acabou a era do RH operacional
A curadoria do evento mandou um recado claro: RH que só cuida de folha de pagamento morreu. O movimento agora é virar protagonista estratégico. Por isso vimos tantos palestrantes falando de transformação digital, IA, engajamento. O RH está se reinventando para não virar obsoleto.
3. PME virou protagonista (finalmente!)
Olha que interessante: 96% das empresas brasileiras são pequenas e médias, mas a maioria dos eventos foca nas gigantes. O RH Summit inverteu a lógica. Quem tem 15 funcionários saiu de lá com soluções práticas, não com inveja das multinacionais.
4. Humanização com performance (não apesar de)
Esse foi o grande “aha moment” do evento. Não é caridade, é estratégia inteligente.
O que realmente chamou nossa atenção
A sede de conteúdo prático era visível
Não estamos exagerando: o pessoal estava literalmente faminto por informação aplicável. Vimos gente anotando em guardanapo, fotografando slides, gravando áudio escondido. A necessidade de sair do teórico para o prático estava estampada na cara de todo mundo.
Diversidade de palcos = diversidade de soluções
Foi estratégico ver nossos palestrantes espalhados: Plenária para visão geral, Liderança para C-level, PME para pequenas empresas, C-Summit para cases específicos. Cada público tinha sua necessidade, e cada palestrante atacou o ângulo certo. É isso que faz a diferença entre evento genérico e conteúdo certeiro.
O “efeito dominó” das conversas
Uma coisa que nos chamou atenção: as pessoas não paravam de falar depois das palestras. Nos corredores, no café, na fila do banheiro — todo mundo processando as informações, fazendo conexões, planejando como aplicar na própria empresa. É quando você sabe que o conteúdo realmente conectou.
Nossa leitura final (spoiler: o jogo mudou)
A integração entre inteligência humana e artificial deixou de ser papo de futurista para virar urgência do presente. E o “quando aplicar” não é mais uma questão — é agora.
Saímos do RH Summit 2025 com uma certeza: quem não se mover vai ficar para trás. Mas também com uma tranquilidade: não é bicho de sete cabeças. Tem caminho, tem método, tem gente que já fez e está disposta a ensinar.
O recado final? Conteúdo que transforma, não que só informa. E pelo que vimos ali, é disso que o RH brasileiro está precisando.
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Yameli Belini e Rafael Zanelato são assessores comerciais da DMT Palestras e ficaram colados nos palestrantes da empresa durante os dois dias de RH Summit 2025. Eles viram tudo de pertinho — e contaram tudo aqui.